Dr. FABRÍCIO BASTOS
ORTODONTIA E ORTOPEDIA FUNCIONAL DOS MAXILARES
DISFUNÇÃO TEMPOROMANDIBULAR
ODONTOLOGIA DO SONO

ODONTOLOGIA DO SONO
O Ronco e a Apneia Obstrutiva do Sono acometem mais de um terço da população mundial. Roncar é comum, mas está longe de ser normal!
RONCO
O Ronco é causado pela vibração de estruturas anatômicas da via aérea superior, como a parte posterior da língua e do palato mole (“céu da boca”). Este som normalmente atrapalha o sono do parceiro ou da parceira, que por vezes, precisa dormir em quarto separado. Essa é uma queixa frequente no consultório e que, de fato, é muito ruim para o casal.
APNEIA OBSTRUTIVA DO SONO
A Apneia Obstrutiva do Sono (AOS) é causada pela obstrução parcial ou total da passagem do ar pela via aérea superior. Normalmente, a obstrução é feita pelas mesmas estruturas anatômicas que causam o ronco. As paradas respiratórias causam a queda do nível de oxigênio no sangue e o cérebro precisa "despertar" o paciente para fazê-lo voltar a respirar. É o que chamamos de fragmentação do sono, causando um sono não reparador, que pode trazer consequências desastrosas para a saúde do paciente. Uma noite mal dormida provoca sintomas de cansaço, perda de memória, irritabilidade, falta de disposição para trabalhar e para praticar exercícios físicos. Para a saúde geral, uma AOS não tratada está associada a doenças cardiovasculares (hipertensão arterial, AVC, infarto, arritmias), além de diabetes, alguns tipos de câncer e Alzheimer. Muitos não sabem que a apneia pode trazer essas doenças se não for tratada.
BRUXISMO DO SONO
Atenção: se você tem Bruxismo do sono (apertar ou ranger os dentes enquanto dorme) e usa ou precisa da placa estabilizadora, também conhecida como "placa de bruxismo", saiba que ela pode piorar a sua apneia. Então, se você tem ou suspeita que tenha a AOS, procure ajuda e faça o diagnóstico correto antes de providenciar uma placa de bruxismo.

POLISSONOGRAFIA
O diagnóstico da Apneia Obstrutiva do Sono (AOS) é feito através de uma consulta detalhada, do exame clínico específico e da polissonografia. Esta pode ser feita em uma clínica do sono ou mesmo em sua casa, de maneira portátil e com a emissão de laudo técnico que irá classificar a apneia em leve, moderada ou grave, além de outros parâmetros que vão auxiliar ao dentista a escolher o melhor tipo de tratamento. O exame de polissonografia portátil é um importante aliado no monitoramento das terapias da AOS, e cada vez mais utilizados na prática odontológica.
ODONTOLOGIA DO SONO
O dentista tem um papel importante na equipe da medicina do sono. Pacientes podem ser beneficiados com tratamentos que envolvem a mudança da posição mandibular, seja através de cirurgia ortognática ou apenas transitoriamente, com o uso noturno do Aparelho Intra Oral (AIO).
O CPAP e o AIO são opções de tratamento da apneia. O CPAP está indicado para as apneias classificadas de moderadas a graves. Já o AIO tem indicação para os casos classificados de leve a moderada. Outras indicações do AIO são para pacientes que não se adaptam ao CPAP ou se recusam a usá-lo. Entendemos que é mais desejável que ele faça algum tipo de tratamento e melhore seu sono, a não realizar nenhum tipo de terapia. Assim, ele terá uma melhora no sono que o trará mais disposição para associar outras terapias como exercícios físicos e fonoaudiologia. Há também os pacientes que usam o CPAP, mas buscam por uma opção mais prática e portátil, como para as viagens, por exemplo.
Quando bem indicado, o AIO cumpre bem o papel de tratar a AOS e dar ao paciente melhores condições de sono e saúde, o que vão lhe proporcionar mais saúde, dias mais produtivos e felizes!
Aparelho Intra Oral ( AIO ) para tratamento da Apneia Obstrutiva do Sono, Ronco e Bruxismo
DEPOIMENTOS
Confira os depoimentos de alguns pacientes que mudaram a qualidade de vida a partir do momento que começaram o tratamento com o Aparelho Intra Oral (AIO) para
RONCO, APNEIA OBSTRUTIVA DO SONO E BRUXISMO




Os relatos dos pacientes mostrados nos vídeos acima têm como objetivo apenas registrar os benefícios por eles alcançados no tratamento da Apneia Obstrutiva do Sono (AOS) com o aparelho intra oral (AIO).
A alta taxa de sucesso descrito na literatura para este tipo de tratamento sustenta sua indicação, mas um correto diagnóstico clínico e de exames precisa ser feito para que esta indicação seja segura.
Procure SEMPRE um médico do sono para avaliar as possíveis complicações da AOS.
Leia o texto baseado em artigos científicos que fiz a IA Open Evidence após a seguinte pergunta:
"Qual o índice de sucesso para o tratamento da apneia obstrutiva do sono quando tratada com
o aparelho intraoral de avanço mandibular?"
O índice de sucesso do tratamento da apneia obstrutiva do sono (AOS) com aparelhos intraorais, especialmente dispositivos de avanço mandibular (DAM) e dispositivos intraorais de pressão negativa, varia conforme critérios de definição de sucesso, gravidade da AOS, fenótipo do paciente, adesão e acompanhamento clínico.
De acordo com estudos multicêntricos e revisões sistemáticas, o sucesso pode ser definido por diferentes critérios, como redução do índice de apneia-hipopneia (IAH) ≥50%, IAH residual [1][2][3][4][5][6] Por exemplo, em um estudo multicêntrico japonês, 63,3% dos pacientes atingiram redução ≥50% do IAH, 33,5% atingiram IAH [4] Em populações selecionadas com AOS moderada e fenótipo favorável, a taxa de sucesso pode ser ainda maior, chegando a 70–73% para redução ≥50% do IAH e até 40% para resolução completa (IAH [3]
Para dispositivos intraorais de pressão negativa (como o iNAP®), estudos recentes mostram taxas de resposta de aproximadamente 52% (definida como redução >50% do IAH e IAH ≤20/h) em pacientes com AOS moderada a grave, com benefício durável e baixa incidência de eventos adversos.[1][6] A meta-análise mais recente confirma melhora significativa do IAH e do índice de dessaturação de oxigênio, sem eventos adversos graves.[6]
A literatura de diretrizes internacionais, como a da American Academy of Sleep Medicine e da American Heart Association, recomenda o uso de aparelhos intraorais como alternativa ao CPAP para pacientes com AOS leve a moderada ou intolerantes ao CPAP, destacando que a adesão tende a ser maior que ao CPAP, embora o sucesso seja menor em casos de AOS grave, obesidade ou idade avançada.[7][5]
Em resumo, o índice de sucesso do tratamento da AOS com aparelhos intraorais é de aproximadamente 50–75% para redução significativa do IAH, com taxas de resolução completa variando de 26% a 40% conforme o critério utilizado e o perfil do paciente. O acompanhamento odontológico especializado e a titulação do aparelho aumentam as chances de sucesso.[4][5] A seleção adequada do paciente, baseada em gravidade da AOS, fenótipo anatômico e fatores como IMC e idade, é fundamental para otimizar os resultados.
References
1. Multi-Center Safety and Efficacy Study of a Negative-Pressure Intraoral Device in Obstructive Sleep Apnea. Nilius G, Farid-Moayer M, Lin CM, et al. Sleep Medicine. 2024;119:139-146. doi:10.1016/j.sleep.2024.04.015.
2. Predictive Factors for Efficacious Oral Appliance Therapy in Moderate to Severe Obstructive Sleep Apnea Patients. Buiret G, Bechara M, Plouin-Gaudon I, et al. The Laryngoscope. 2021;131(6):E2089-E2096. doi:10.1002/lary.29439.
3. Short-Term Positive Effects of a Mandibular Advancement Device in a Selected Phenotype of Patients With Moderate Obstructive Sleep Apnea: A Prospective Study. Buyse B, Nguyen PAH, Leemans J, et al. Journal of Clinical Sleep Medicine : JCSM : Official Publication of the American Academy of Sleep Medicine. 2023;19(1):5-16. doi:10.5664/jcsm.10232.
4. The Success Rate of Oral Appliances Based on Multiple Criteria According to Obstructive Sleep Apnoea Severity, BMI and Age: A Large Multicentre Study. Okuno K, Furuhashi A, Nakamura S, et al. Journal of Oral Rehabilitation. 2020;47(9):1178-1183. doi:10.1111/joor.13046.
5. Clinical Practice Guideline for the Treatment of Obstructive Sleep Apnea and Snoring With Oral Appliance Therapy: An Update for 2015. Ramar K, Dort LC, Katz SG, et al. Journal of Clinical Sleep Medicine : JCSM : Official Publication of the American Academy of Sleep Medicine. 2015;11(7):773-827. doi:10.5664/jcsm.4858.
6. The Efficacy and Safety of an Intraoral Negative Air Pressure Device in Patients With Obstructive Sleep Apnea: A Systematic Review and Meta-Analysis. Puvatanond C, Kasemsuk N, Banhiran W. Journal of Clinical Sleep Medicine : JCSM : Official Publication of the American Academy of Sleep Medicine. 2025;. doi:10.5664/jcsm.11812.
7. Obstructive Sleep Apnea and Cardiovascular Disease: A Scientific Statement From the American Heart Association. Yeghiazarians Y, Jneid H, Tietjens JR, et al. Circulation. 2021;144(3):e56-e67. doi:10.1161/CIR.0000000000000988.
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